Disseminação
Cultural e Artística
Disseminação Cultural e Artística

Janeiro - Outubro 2022
Figueiró dos Vinhos, Ansião, Proença-a-Nova

O ESPORO é uma ideia de semente, de disseminação de algo que se espalha pela natureza e pela natureza das coisas.

O ESPORO é um projeto cultural e artístico, de acesso livre, promovido pelos municípios de Figueiró do Vinho, Ansião e Proença-a-Nova.

É neste perpétuo movimento das gentes e da sua ação na geografia que reside a caraterística implícita de um território que resiste. É uma paisagem que influencia as gentes e gentes que influenciam a paisagem, numa simbiose de gerações.

O nosso ESPORO é uma disseminação cultural e artística, adicionada a essa condição de resiliência e resistência de uma região interior e habitualmente fustigada por catástrofes naturais, mas que não resulta num baixar de braços, mas numa atitude positiva, capaz de criar e de renascer. Uma atitude que não é um combate, mas uma aceitação da sua condição e de um olhar para o que de melhor existe e deve ser partilhado. Uma atitude que se concretiza enquanto projeto artístico e cultural como um território semente, ao traçar caminhos e percursos em zonas de natureza, através de práticas artísticas na área das artes plásticas, artes visuais, performance e música, em conjunto com ações de mediação, capacitação, envolvimento das comunidades e cultura popular. Todas elas em diálogo para a construção de um projeto turístico-cultural em que a arte/instalação artística em espaço de natureza se apresenta como alavanca para a descoberta de novas identidades.

 

O ESPORO é um projeto financiado por Fundos da União Europeia através do Centro2020, no âmbito da Prioridade de investimento: conservação, proteção, promoção e desenvolvimento do património natural e cultural – Programação Cultural em Rede, Aviso nº Centro-14-2020-12 – domínio sustentabilidade e eficiência no uso de recursos.

 

Ficha Técnica:

Municípios Parceiros | Figueiró dos Vinhos, Ansião e Proença-a-Nova

Cofinanciamento | Centro 2020, Portugal2020 e Feder

Apoio Institucional | Alto Patrocínio do Presidente da República e Turismo do Centro

Coordenação Geral | Mistaker Maker | Plataforma de Intervenção Artística

Curadoria e Programação |  Mistaker Maker | Plataforma de Intervenção Artística (artes plásticas e visuais) e O Bairro (artes performativas e música)

Produção | Mistaker Maker | Plataforma de Intervenção Artística (artes plásticas e visuais) e O Bairro (artes performativas e música)

Artistas Artes Plásticas e Visuais | ±MaisMenos± PT, Bosoletti AR, Colectivo Til PT, João Louro PT, Maria Ana Vasco Costa PT, Mariana Vasconcelos PT, NeSpoon PL, Pedro Gramaxo PT, Rui Gaiola PT, Ruído PT, Sawu Studio ES e Tiago Francez PT

Artistas Artes Performativas e Música | Ana Lua Caiano PT, Arianna Casellas VE, Bia Maria PT, Celino PT,  Homem em Catarse PT, Joana Martins PT, João Barradas PT, Mário Delgado PT, Rita Carmo Martins PT, Sérgio Carolino PT e Valter Lobo PT

Ações de Capacitação | Acesso Cultura – Rita Tomás

Projeto Marmitas | Chef Flávio Silva

Visitas Orientadas | Lara Seixo Rodrigues

Design Gráfico | Diogo Ferreira e Naif Studio

Design Multimédia | Maria Adelaide – Creative Web Development

Fotografia | Mariana Vasconcelos e Rui Gaiola

Video | Mariana Vasconcelos

Drone | Mariana Vasconcelos e Rui Gaiola (fase mapeamento)

Assessoria de Comunicação | Miguel Branco

Parceiro Media | Antena 3

Construção | Câmara Municipal de Ansião, Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, Câmara Municipal de Proença-a-Nova, Culto da Imagem – Oficina Criativa, Epicarts, Fernando L. Gaspar – Sinalização e Segurança Rodoviária, S.A., JB – Ceramics, Lindo Serviço – Produções & Design, Meio Corte – Sinalização de Trânsito, S.A., Outras Construções, Lda.

Locais

Cabeço do Peão

Este local, que inclui a Mata Municipal é a mancha verde de excelência mais próxima de Figueiró dos Vinhos, funcionando como pulmão e zona de recreio ou lazer. Inclui a Capela de S. António e podemos encontrar vastas áreas com as espécies mais primitivas da região, como os carvalhos, azinheiras, loureiros, medronheiros, para além de espécies arbustivas como a urze branca, a giesta amarela e a carqueja que emprestam à paisagem belas tonalidades.

Campelo

No limiar da Serra da Lousã, a presença humana já pouco é sentida. Apresenta-se hoje como um local duro, onde a serra se impõe a tudo o resto. Zonas de pastorícia, mel e silvicultura pontuam a linha da Ribeira de Alge e as levadas da antiga exploração de piscicultura.

A aldeia, um reduto de resistência do Homem neste espaço dominado pela natureza, é caracterizada pela simplicidade da arquitetura típica. Parte deste território é abrangido pela Rede Ecológica Europeia, designada Rede Natura 2000.

Fragas de São Simão / Casal de São Simão

As Fragas de São Simão e o Casal de São Simão são dois lugares de difícil descrição, e que por isso devem ser observados, sentidos e vividos de bem perto, para se absorver toda a relação simbiótica entre os elementos naturais e a passagem ténue do Homem.

Assumem-se como uma das portas de entrada nas Aldeias de Xisto, caracterizados pela particular mancha de matas, da rudeza e imponência das estruturas rochosas e pelo maravilhoso curso de água, com uma das mais notáveis praias fluviais que poderemos encontrar.

Foz de Alge

Este é o lugar onde as águas frias e rápidas da Ribeira de Alge encontram as águas calmas e bucólicas do rio Zêzere, que calmamente percorre o seu destino.

A sua história está intimamente ligada à exploração de minérios, ao rio Zêzere e à ribeira que lhe dá o nome (Ribeira de Alge). Aqui encontramos Conheiras dos tempos romanos e as Reais Ferrarias da Foz de Alge, um dos mais importantes testemunhos da história industrial do nosso país, que atravessaram três séculos da história de Portugal, funcionando de 1692 a 1834.

Dominado pela beleza paisagística e pelo encontro de dois importantes cursos de água, os desportos aquáticos e as atividades de lazer de rio são um fator de relevo.

Mancha de Carvalho Cerquinho

A maior mancha de Carvalho Cerquinho da Europa situa-se aqui, em Ansião. Esta variante específica do popular Quercus é conhecida por Carvalho-Português e pela sua ancestralidade, torna esta paisagem particular e de uma rara beleza em diversas fases do ano. Os trilhos por entre a mata tornam-se muitas vezes locais de um magnetismo e misticismo de uma produção fílmica ou fotográfica.

Aqui a biodiversidade comanda e o património natural conecta-nos com a verdadeira relação da humanidade com a natureza.

Mata Municipal

Apresenta-se como local de memória coletiva dos habitantes da região, sendo um dos preferidos desde há décadas para atividade de lazer e usufruto das matas e dos medronhais. Inserindo-se na  malha urbana, a Mata Municipal é caracterizada pela mancha de sombras e possibilidade de contacto com a terra e com a geografia da região. Como local privilegiado para convívios, faz parte do imaginário e das histórias da população de Ansião e é também local para diversos eventos culturais.

Moinhos do Outeiro

Estas estruturas em madeira têm características únicas por girarem sobre duas rodas de pedra e um eixo, ao sabor do vento. No lugar do Outeiro, em pleno Maciço de Sicó, encontramos três réplicas destes moinhos de vento, que nos permitem recordar um tempo não tão distante assim, onde os campos eram férteis, a produção abundante e se procedia à transformação de cereais em farinhas.

Estes típicos moinhos giratórios, que marcavam a região e que hoje são parte do património cultural que se relaciona com a atividade moageira, são ótimos miradouros e os seus acessos escondem segredos paisagísticos que valem a viagem.

Ruínas da Torre da Ladeia

As ruínas desta torre medieval, que tinha como função proteger uma faixa de terra despovoada, mas essencial no contexto da Reconquista Cristã na defesa da cidade de Coimbra, foi consecutivamente Moura e Cristã e alvo de bastante querelas, pela sua posição estratégica, por estar junto a um ponto de água importante (a fonte) que ali ainda se encontra.

Esta construção foi posteriormente inserida numa Herdade – A Quinta da Ladeia, cujo nome é uma antiga denominação para fronteira.

Cabeço dos Três Marcos

Nesta elevação, situada a 906 metros de altitude, é possível que nos posicionemos em três concelhos em simultâneo, Proença-a-Nova, Oleiros e Castelo Branco. Por definição é um importante miradouro natural, com vistas largas sobre uma vasta área de património natural da região, alcançando locais longínquos na linha de horizonte.

Todo o trajeto até este local, permite um itinerário por várias características da geografia desta região da Beira Baixa, sejam de paisagem natural, das típicas aldeias e plantios, bem como, da geografia particular.

Miradouro das Corgas

O miradouro das Corgas estende-se no dorso das montanhas, por entre a urze e a giesta. O olhar alcança dezenas de quilómetros até à curiosa forma da Serra das Talhadas, que materializa a megadobra em U – o Sinclinal do Ródão.

Pelas suas características geomorfológicas, é um dos geossítios do Geopark Naturtejo, que tem a chancela da UNESCO.

Padrão

Esta localidade é limitada pelos dois cursos de água bastante importantes, de um lado, a Ribeira da Pracana e, do outro, o Rio Ocreza, o que marca a paisagem e a forma de vida dos habitantes desta região, situada na ponta mais a sul de Proença-a-Nova. 

O peixe do rio faz parte da gastronomia típica, tendo-se aprimorado ao longo de gerações, pratos como o peixe do rio frito ou as sopas de peixe do rio.

Outra importante característica deste local são os socalcos com as oliveiras que, antes da existência da Barragem, margeavam o curso de água. Com as terras a ficarem submersas depois da construção da estrutura, os habitantes trouxeram as centenárias oliveiras para as encostas, dando continuidade à extração do ouro verde.

Ribeira do Vale D'Água

A Ribeira da Pracana marca indelevelmente a região, nos seus 30km de percurso, que em grande parte dele separa fisicamente os concelhos de Proença-a-Nova e de Mação, até desaguar no Rio Ocreza, junto à Barragem. 

Tipicamente, junto às suas margens nascem vários moinhos de água que faziam o aproveitamento da força destas águas para moer cereais, que ainda subsistem junto à localidade de Vale de Água, bem como as típicas levadas.