“Coroa”
2022
Ponto de visitação nº 12
Ribeira do Vale D’Água, Proença-a-Nova
39.68507º, -7.90816º
Sinopse
Casas que se abrem como demonstração de solidariedade. Uma ponte que se construiu para facilitar a passagem e o encontro. Celebrações conjuntas ou recursos e estratégias compartilhados são exemplos que definem uma comunidade unida. Da leitura das respostas ao inquérito realizado entre vizinhas e vizinhos das aldeias de Vale d’Água e Pergulho, emergem dois conceitos chave para entender esta comunidade: encontro e solidariedade.
“Coroa” é uma homenagem a esta comunidade, destacando o elemento que melhor a representa, a ponte que encontramos a meio caminho entre as duas aldeias. “Coroa” abraça a ponte como símbolo de celebração e, tal como uma coroa, a sua forma e marcante paleta colorida, conferem-lhe a visibilidade e a relevância que este local singular e memorável merece.
A palavra ‘coroa’ vem do latim corona (diadema) que é derivado do grego koróne, aplicado a algo curvo ou, simplesmente, um anel. Desde sua origem, a palavra ‘coroa’ teve dois significados, um relacionado ao simbólico e outro ao formal. Assim, era usado para nomear símbolos de poder, como coroas reais ou símbolos económicos, como moedas. Quanto ao formal, em anatomia ou biologia, os elementos que cercam os outros são designados como coroas.
Biografia
Sawu é um estúdio de arquitetura especializado em ações táticas, que trabalha em várias linhas que vão do paisagístico ao lúdico, entendendo as obras como algo efémero, que procura ativar a memória, a reflexão e a sensibilidade mais que deixar uma marca física.
Realiza instalações de caráter participativo que reforçam os laços das comunidades e deixam como resultado do processo instalações interativas, lúdicas e em coerência com o seu ambiente. Mediante os processos participativos, traçam-se visões dos ambientes que dão origem a obras coerentes com seu contexto, ainda que sua linguagem seja disruptiva.
Concebem as suas instalações como algo efémero pelo nível de experimentação que este permite e pela capacidade que esta característica tem de “deixar fazer”, um subterfúgio para a experimentação de novos cenários que, colocados em outros termos, não chegariam a materializar-se.